quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O poder dos 3

AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!

Grito! Grito num todo! O espirito, o corpo, a mente. Pela primeira vez em muito tempo estão em uníssono. Sentem o mesmo, pensam o mesmo, fogem do mesmo, criam o mesmo, destroem o mesmo, envenenados pelo sentimento de perda.

Gritam! Comigo… sem mim… gritam.

A ironia do destino torna-nos num só ser, completo mas destruído. A separação juntou-os.

O medo! Este mal agoniante fê-los acordar ao mesmo tempo. Reúnem-se às minhas escondidas tentando encontrar forma de me equilibrar, de me manter firme, forte. De me manter EU.
O EU perdido, sugado pela personificação do MAL.

AAHHH MAL! Se soubesses o que te adivinha! Se soubesses o quão errado estás! O quão iludido estás… se soubesses não estavas à beira do abismo, estavas dentro dele!


Lying to my face again
Suicidal imbecile
Think about, you're pounding on the fault line
What'll it take to get it through to you precious
I'm over this. Why do you wanna throw it away like this
Such a mess, I'm over this, over this!

Disconnect and self destruct, one bullet at a time
What's your hurry, everyone will have his day to die
If you choose to pull the trigger, should your drama prove sincere,
Do it somewhere far away from here

Rage

Um tumulto de emoções navegou no meu espírito. Cegaram-me ou eu ceguei-me.
A dor finalmente adormece. Deixa lugar a outros estados de espírito, talvez tão venenosos como a dor mas menos destrutivos, menos obstrutivos. Podem magoar, sei que vão magoar mas não a mim.

Raiva. A raiva chega lentamente, aniquiladora e ambiciosa. Com sede de satisfação, de conquista, de poder. Vejo-a a chegar e nada faço para a afugentar. Não quero!
Sei que me vai minar o espírito. Sei no que me vai tornar. Mas sei que não é eterno. Não é definitivo porque caminho para o bem. EU QUERO SER MELHOR.
E para ser melhor, tenho de ser pior primeiro.

Vem raiva! Vem!! Não te inibas. Pega em mim e faz o que tens a fazer. Destrói a dor, destrói o sofrimento. Destrói a filha da putice que me levou a este estado e segue o teu caminho.

És moradora temporária do meu espírito. Tu sabes disso. Eu sei disso!

Truth

Verdade… verdade? O que é verdade? O que não é verdade?
O que é verdade para mim pode não ser para ti. Então e a mentira?
Se a verdade não é verdade para mim mas é para ti, para mim é o quê? Mentira? Ou simplesmente outra verdade? Tudo isto é demasiado abstracto.
Vamos simplificar. Subdividimos a verdade em categorias: temos a verdade absoluta, a verdade relativa e a verdade mentirosa.

A verdade absoluta é universal. O céu é azul e é-o para todos.

A verdade relativa é abstracta. O que pode ser verdade para mim pode não ser para ti. Eu acredito em Deus e tu não. Para mim a sua existência é verdade mas para ti é mentira.

A verdade mentirosa é psicótica. Não é nem verdade nem mentira. É conveniência.

Com qual delas quero viver? Definitivamente com a Verdade Absoluta. De olhos bem abertos, de espírito absorvente e descrente do que vê mas crente do que sente.

Alimentar o espírito é estar mais perto da verdade absoluta. Alimentar a mente é estar mais perto da verdade mentirosa.

EU escolho alimentar o espírito!

Temptation



Tentação… sua falsa amiga! Hipnotizas-me com os teus deliciosos pratos. Convidas-me a provar, tal madrasta feia e má disfarçada de fada madrinha.
O sorriso nos teus lábios é meigo, é doce. Ilude-me. Queres que eu caia em ti, mais uma vez… e mais uma vez…e mais uma vez. E caí, muitas vezes. Tu és tal coca, gulosa e sedenta… provamos-te e queremos mais porque sabe bem. Porque preenche um vazio (ou assim nos fazes pensar).
Eu sei que me estás a chamar, docemente… como sempre fazes. Mas desta vez não!!!
Desta vez vou resistir-te. Quero resistir-te voluntariamente. Fodeste-me a vida toda, vezes sem conta e sempre que acontece deixas-me sozinha. Sentas-te refastelada a observar os eventos que te seguem.
O teu ar filha da puta mostra o prazer que tiras ao ver-me perdida e desorientada.

Não te quero Tentação!! Vai foder a vida a outra, eu já te conheço! Bem demais até.
A minha armadura é mais forte. Vou derrotar-te. É bom que fujas!