quarta-feira, 21 de abril de 2010

O mundo do não sei

Sinto-me a ser puxada para o teu mundo do "não sei".... esse mundo que afoga, que leva para o fundo do abismo! Luto, com todas as minhas forças para me manter fora da água que o envolve e tento desesperadamente manter-te à sua beira.

Esse filho da puta, o "mundo do não sei" mantém-te bem preso. Eu puxo, eu grito, eu choro de dor mas ele não larga. E tu.... sem forças para lutar, sem vontade de lutar (talvez) ali te mantens, os olhos em mim, olhos profundamente tristes. Olham de relance... olham fixamente. Por vezes até sorriem.

Agarro-me a esse sorriso com tudo o que tenho para agarrar e tiro do pensamento a possibilidade de eles deixarem de sorrir. Tiro do meu pensamento... não consigo tirar do teu e o inevitável acontece... deixam de sorrir. Fogem, desviam-se da direcção dos meus e voltam para o "mundo do não sei". Olham para baixo enquanto te afogas. Quase que deixas. Quase... mas, não sei porquê, ergues a tua cabeça e respiras, mais um pouco... e mais um pouco.
Ohhh impotência!!! Ohhh desespero!!! Ohhh dor!!! Fujam, cavaleiros desse mundo obscuro! Larguem-me, eu não quero ir. EU quero ficar aqui, no mundo de céu aberto. Quero sentir. QUERO SENTIR!!! quero viver.... quero que ele viva!

E tu... mantém-te à superfície porque enquanto eu tiver forças, enquanto eu for a guerreira de armadura e espada em punho da minha Armada, não te deixarei ir. Não te largarei.

Post Scriptum: não demores.... nada até à berma, sem medo. EU estarei lá, à tua espera...