domingo, 9 de junho de 2013

Gosto de ti V


Sim, gosto de ti. E muito. Incondicionalmente, o que não é forçosamente bom.
Tudo o que é em demasia faz mal. Isto aplica-se ao amor? O amor tem de ser q.b. ou tem de ser simplesmente o que é? Sem limites.
Gosto de ti e às vezes faz-me mal. Preciso de encontrar o equilíbrio que me deixe gostar de ti sem limites e sem fazer mal. 

Mentira

Consegui livrar-me de ti, dentro de mim. Já não existes. Ganhei!
Continuas, no entanto, a tentar entrar no meu mundo. Usas as piores vítimas e as melhores armas.
Já te conheço! Sei do que és feita e de onde vens. Não tens hipótese. Não te vou deixar entrar, desta vez. As paredes são altas e fortes. Construí-as a pensar em ti.

Tu não entras mais, não te deixo!

O mal em nós

Está a dormir, quietinho. Não o acordes! Deixa-o estar.
Só te faz mal. Destrói-te e destrói o que está à tua volta. Deixa-o estar.
Não o oiças. Já sabes o que quer, onde te leva. Não tens motivos para o ouvir. O que aconteceu já passou e não voltará a acontecer.
Deixa-o estar a dormir. Não o acordes!
Ele tem fome e vai sugar tudo que tens até se sentir satisfeito e tu vazia.

Deixa-o estar a dormir, não o acordes!

domingo, 21 de outubro de 2012

Os fantasmas que me assombram a alma


São antigos. Vêm de um passado já muito longe. Mais longe do que a minha infância, apesar de estar mais perto. Mas o passado não é linear. Vem e volta como e quando quer.
E voltam, os fantasmas. De vez em quando. Porque foram acordados quando achava que não seria possível. Rasgam-me por dentro, deitam-me ao chão e deixam-me à beira da loucura. Aquela loucura que já fez parte de mim em tempos e à qual não quero voltar mais.
Agarro-me ao que sei que está aqui, que é presente. Agarro-me ao que me fez acordar os fantasmas sem saber o que acordava, sem saber para onde me tentam levar. Agarro-me e, conscientemente, penso no que tenho, sinto o que tenho. Agarro-me com força para não voltar  a cair. 

Gosto de ti IV


Gosto de ti. Acho que sempre gostei só não sabia quem eras.
Gosto de nós. Gosto da nossa partilha, de como amamos, de como rimos, de como nos abraçamos. De como nos entrelaçamos. Somos um.
Gosto de acordar contigo. Gosto de te sentir perto de mim. Sentir-te a respirar. Sentir o bater do teu coração. Estás vivo!  Estás comigo, a meu lado.
Estou feliz!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Tu

Tu és o meu derradeiro teste. 
Fazes-me levar quase ao extremo todas aquelas coisas que sempre me foram difíceis de lidar. A impulsividade que me caracteriza, o tempo, a espera, a paciência.
E com o tempo vem a dúvida. Todas as questões que não surgem quando se age impulsivamente.
É o derradeiro teste.
Mais o tempo passa, mais me questiono se vale a pena, se é isto que quero. Deixa-me com medo. Tenho medo de me acobardar e fugir.
Mas, em momentos de lucidez de alma, sei que se aguentar, se persistir o final pode saber bem melhor que a pseudo-traquilidade que trará a fuga.
Se ficar, fico contigo, fico com paz e felicidade absoluta! 

Pertença

Eu não quero que sejas meu. Nem eu quero ser tua.
Não quero que sejamos um nós ou um um.
Quero que sejamos qualquer coisa que ainda não tem nome e tento, muitas vezes, definir por palavras.
Vai mais além de um nós. Mais além ainda de um teu ou um meu.
É eu estar na tua pele e tu na minha. Ver com os teus olhos e tu com os meus. Pensar com a tua mente e tu com a minha. Sentir com o teu coração e tu sentires com o meu. Todos os segundos das nossas vidas e, quem sabe, além dela. 

Amar

Amas-me? Ou amas-te?
Se te amas, não é suposto amares-me também?
Será que existe mesmo amor egoísta ou será simplesmente invenção do Homem para termos medo de amar?
O que é isso de amar, afinal?
Amo-te? Ou amo-me?
Se me amo, não era suposto amar-te também?
Acho que temos de amar, simplesmente. Amar tudo e todos. Em plenitude. 

domingo, 27 de maio de 2012

Shhhh, é segredo!

Faço parte dos teus momentos vazios. Dos teus momentos sozinho.
Sou o teu segredo. Vivo às escondidas. Fico à espera, sempre à espera.
Mas, posso eu ser esperada?
Sonho com o banco do jardim. Sonho com uma partilha de nós, diferente desta.
Por inteiro e verdadeira.
Mas posso eu exigir o sonho?
Quero-te! Quero-nos! Quero o futuro imaginado num presente real. Quero deixar de sonhar. 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Um teste

Este testa a minha consciência. Mostra-me que estou a seguir o caminho errado. Que me estou a esquecer de mim, da minha existência. Mostra-me como isso perturba quem me rodeia.
Tenho de ser paciente. Tenho de saber usar o que tenho a meu favor. O que é meu é meu. Ninguém mo pode tirar. Ninguém o fará se eu não deixar.
E, se eu deixar, não posso levar a mal. Afinal, fui eu que assim quis.