quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Rage

Um tumulto de emoções navegou no meu espírito. Cegaram-me ou eu ceguei-me.
A dor finalmente adormece. Deixa lugar a outros estados de espírito, talvez tão venenosos como a dor mas menos destrutivos, menos obstrutivos. Podem magoar, sei que vão magoar mas não a mim.

Raiva. A raiva chega lentamente, aniquiladora e ambiciosa. Com sede de satisfação, de conquista, de poder. Vejo-a a chegar e nada faço para a afugentar. Não quero!
Sei que me vai minar o espírito. Sei no que me vai tornar. Mas sei que não é eterno. Não é definitivo porque caminho para o bem. EU QUERO SER MELHOR.
E para ser melhor, tenho de ser pior primeiro.

Vem raiva! Vem!! Não te inibas. Pega em mim e faz o que tens a fazer. Destrói a dor, destrói o sofrimento. Destrói a filha da putice que me levou a este estado e segue o teu caminho.

És moradora temporária do meu espírito. Tu sabes disso. Eu sei disso!

1 comentário:

Galad&Mor disse...

A raiva é boa, aliás muito boa quando canalizada, mas mortal quando se transforma em rancor...como disse W. Shakespeare "Rancor e bebermos nós o veneno e esperar que o outro morra dele"...homem que sabia algumas coisas, verdade seja dita...!